Sérgio Moro e Gilmar Mendes/Foto Reprodução Web
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nunca escondeu suas críticas ao ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Em junho de 2019, chegou a votar pela libertação imediata do ex-presidente Lula, o mais notório dos condenados no petrolão, enquanto o tribunal não chegasse a uma conclusão sobre a legalidade do ex-magistrado à frente da operação Lava Jato.
A escolha da data do julgamento levará em conta o momento político e as chances de vitória da tese de que Sergio Moro não teve a imparcialidade esperada ao conduzir os processos sobre o esquema de corrupção instalado na Petrobras.
Embora o cenário político possa ser favorável a opositores do ex-ministro da Justiça.
É que, pela sensibilidade do tema e pela importância de se colocar em xeque a principal condenação aplicada na Lava Jato, Gilmar Mendes faz questão de uma sessão plenária presencial para julgar o caso.
Atualmente, as sessões de julgamento estão ocorrendo de forma remota e só devem voltar à normalidade em 2021.
A prevalecer a disposição do ministro de aguardar o retorno das sessões presenciais, o julgamento da suspeição do ex-juiz Moro não deve contar com a presença do decano do STF, Celso de Mello, que se aposenta compulsoriamente ao completar 75 anos, em 1º de novembro. O sucessor de Mello será indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, hoje adversário declarado de Moro.
Att: Antônio S.