Record acusa homem sem provas e família avança contra repórter e batem boca ao vivo com Bacci
As redes sociais não perdoaram Bacci após um erro cruel durante o Cidade Alerta no início dessa semana, foi a cobertura de um crime provocou a indignação do público. Após a reportagem o programa apresentado por Luiz Bacci afirmou que um homem, inicialmente identificado como Josenildo, havia sido assassinado e atribuiu a ele a profissão de agiota, informação negada ao vivo pelos familiares, que bateram boca com o apresentador e com a repórter Luiza Zanchetta. Na entrevista, a filha da vítima acusou a Record de praticar um Jornalismo irresponsável.
Toda a confusão ocorreu em Santo André, na Grande São Paulo. Já na chamada da reportagem, transmitida ao vivo, Bacci informou que o jornal ouviu relatos de que o motivo do assassinato de Josenildo seria uma briga com a amante ou por ele ser agiota.
Durante o link ao vivo quando a repórter Luiza Zanchetta falou sobre a suposta profissão da vítima, um rapaz começou a hostilizar a equipe: "Você está falando merda, coisa que não deve. Ele emprestou dinheiro para você?", questionou ele enquanto tentava tapar a câmera.
Bacci rebateu; "Pode mostrar quem está tentando agredir a nossa reportagem. A arma que nós temos é a câmera. Se a gente não mostra quem está tentando os agredir, não estamos apontado a arma para o lugar certo para nos defender".
Em seguida, a repórter começou a entrevistar a filha da vítima que, enquanto chorava pela morte do pai, criticou a cobertura do jornalístico: "Perdi meu pai hoje e não estou vendo um pingo de respeito aqui, vocês falando que ele é agiota, gente! Como assim? Qual é essa informação? Da onde vocês tiraram isso, por favor? Eu acho que vocês têm que ter um pingo de consideração."
Em seguida Bacci pediu para que a repórter explicasse a origem da informação sobre o trabalho da vítima. "A Polícia não confirma essa informação, Bacci. Mas eu conversei com vizinhos que conhecem bem o Josenildo", disse Luiza, que logo foi interrompida pela filha da vítima que a essa altura já estava errando até o nome da vítima.
"Nem o nome vocês estão passando direito, gente! Como vocês vão passar a profissão do meu pai? Meu pai tinha casa de aluguel e o nome dele é Josivaldo" e não Josenildo. A repórter pediu desculpas pelo erro e seguiu com a informação que a vítima era agiota, rebatida novamente pela filha: "Vocês não podem afirmar uma coisa. De repente, vocês vêm com suposições de vizinho? Achei que o Jornalismo da Record era mais responsável".
Bacci interrompeu a fala da filha para defender sua equipe, mas ela seguiu com o desabafo aos prantos: "Mas acho que há um pingo de respeito que tem que ter, estou sentindo uma dor aqui, cara, não sei se você tem o seu pai ou não. Mas tiraram a vida do meu pai, gente! E vocês vêm falar essas merdas".
Minutos depois após todo desconforto, o homem que tentou impedir o trabalho da repórter pediu desculpas para ela por tentar agredi-la, mas afirmou que gostaria que Bacci também fizesse o mesmo por ter ameaçado registrar um Boletim de Ocorrência contra ele e por estar passando informações falsas já que não tinha qualquer confirmação.
"Eu peço desculpas pelo que falei. Eu retiro pelo momento que eu tive de exaustão, só que eu quero que você peça desculpas em rede nacional porque você falou que eu agredi alguém aqui, e eu quero que você retire que vai fazer um B.O. contra mim pelo fato de ter agredido", disse o rapaz. No entanto, o apresentador ressaltou que não voltaria atrás e a repórter explicou que eles tinham imagens da agressão, quando o rapaz tentou impedir a filmagem e hostilizou a equipe.
No estúdio, Bacci solicitou reforço policial no local e foi atendido pela corporação. Minutos depois, a irmã do rapaz entrou no programa para reforçar as desculpas feitas por ele. Durante a conversa, o apresentador pediu desculpas por ter afirmado que a vítima do assassinato era agiota sem provas.
"Eu peço desculpas pela abordagem como agiota, nós vamos tratar como suspeito, como deve ser realmente, porque até que a Polícia e a Justiça concluam se é agiota ou não existe uma distância. Se fosse outro repórter mais esquentado, levaria isso para a frente, para a polícia, iria dar a maior dor de cabeça, e eu sei que é um homem que, só de ter reconhecido o erro parece ser um cara gente boa, um cara da paz”, disse Bacci.
Att; Antônio Sall